O jongo, ou caxambu é um ritmo que teve suas origens na região africana do Congo-Angola. Chegou ao Brasil-Colônia com os negros de origem bantu trazidos como escravos para o trabalho forçado nas fazendas de café do Vale do Rio Paraíba, no interior dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. É uma manifestação cultural que envolve dança, canto, percussão feita por tambor.
A influência da nação bantu foi fundamental na formação da cultura brasileira. Para acalmar a revolta e o sofrimento dos negros com a escravidão e distrair o tédio dos brancos, os donos das isoladas fazendas de café permitiam que seus escravos dançassem o jongo nos dias dos santos católicos. Para esses negros africanos e seus filhos, o jongo era um dos únicos momentos permitidos de trocas e confraternização.
Apesar de ser uma tradição de comunidades muito antigas, hereditária, ou seja, passa de avós para filhos, e de filhos para netos. No Distrito Federal, o Jongo do Cerrado foi fundado pelos mestres Apoena Machado e Francisco Chiquinho, dois apaixonados pelo jongo, que iniciaram os estudos do ritmo, e consolidaram o grupo. Através do encontro, fazem um grande resgate cultural, além de disseminar a cultura afro para a comunidade, mostrando elementos que fazem parte da história e da construção do Brasil. E também trazem outros ritmos, como o samba de roda, ritmo típico da Bahia, que combina instrumentos de percussão com cantos e palmas.
(trechos extraídos do site http://cidadedasartes.rio.rj.gov.br/noticias/interna/531)