Aos 75 anos de idade, a vida de Dona Gracinha é uma lição. Apaixonada pela música e pela cultura nordestina, continua tocando com muita propriedade sua sanfona de botão, também conhecida como “pé de bode”, uma espécie quase em desuso nos dias atuais, instrumento imortalizado por Januário, pai de Luiz Gonzaga, rei do Baião.
A sanfoneira, que nasceu Maria Vieira da Silva, na cidade de Floriano (PI), começou a tocar gaita de boca aos sete anos de idade, por um tio. Depois aprendeu a tocar pandeiro, mas logo se interessou pela sanfona. Com dezoito anos de idade, já tocava em bailes e festas em sua cidade natal.
Na década de setenta, veio para Brasília, e desde então marca presença no cenário cultural da cidade. Seu repertório é eclético e contempla desde o tradicional “pé-de-serra” ao forró mais moderno. Além do xote, baião, coco, xaxado e frevo, Dona Gracinha da Sanfona também toca choro, seresta, marchinhas de carnaval, música caipira, tango e bolero. Sem contar com as suas próprias composições que transitam por vários desses estilos.
Fonte: https://visitebrasilia.com.br/noticia/dona-gracinha/